sábado, 12 de fevereiro de 2011

És um terráqueo, levanta a cabeça!

Penso no quanto a perspectiva de outros mundos torna-se possível exatamente a partir da complexidade desse nosso mundo.
Acompanhar os egípcios em revolução por direitos sociais, econômicos e políticos - que os militares sejam mesmo transição e o poder estadunidense combatido ... Amém! - enche-me de energia.
Um dos slogans gritados pelo povo que continua nas ruas resgata identidade, pertencimento orgulhoso a uma nação, conclamando a todos levantar a cabeça. Empolgo-me como brasileira, latina... terráquea. Sim, outros mundos são possíveis quando entrelaçamos nossas singularidades e criamos algo no coletivo.
Juntamente com o Egito, Argélia, Jordânia e Iêmen, bem como o povo italiano que exige nas ruas a saída de Berlusconi por mentir ao estado, envolver-se com prostituição de menores e julgar-se acima da lei; nos dão um exemplo de cidadania.
Além de erguer minha cabeça em sintonia com os egípcios, tiro meu chapéu para reverenciá-los, assim como para os demais povos que forjam outros mundos.
É na resistência que esses mundos são perspectivados.
Resistência que ganha força e poder no coletivo.
Parece-me que esta é a aprendizagem que precisamos continuar buscando.
Uma aprendizagem que esteja para além dos discursos (por si, aprisionantes à velha forma de fazer política, mesmo que com novas roupagens). Uma aprendizagem que se alimenta de atitudes ousadas e criativas, que vencem o medo e a apatia conforme são forjadas.


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