domingo, 12 de dezembro de 2010

De volta

Processo agudo. Processo crônico. Em se tratando de leucemia o adjetivo faz toda a diferença. Ao contrário do pânico inicial ante a inexorabilidade do desequilíbrio na produção sanguínea, finalmente percebo-me capaz de conviver com a síndrome que embarcou “em mim”. Esta, crônica, remete à medicação que remete à minha vida de volta – p a u s a... para meu mais profundo suspiro.

Não quero nem transitar pelo terreno do “e se não fosse”. Como dizem os médicos, trata-se de uma leucemia branda. Esta é a referência agora. Namastê!

Por isso o encerramento deste ano ganha sabor especial. Estou de volta em mim. Bem-vinda, Sandra! Como você fez falta! É... é formidável estar de volta... e ressignificada... com litros e litros de sangue a menos e milhões de litros a mais de paixão. “Pois se eles querem meu sangue. Verão o meu sangue só no fim. E se eles querem meu corpo”... Ops! Nego-me a incluir o próximo verso.

Continuo colhendo verdes e azuis, olhando de frente para pessoas e caminhos, buscando-me e buscando a boniteza também trazida pelo
caos. O caos sempre me pareceu criador. Agora, mais ainda!

Do caos espreita-me o espaço de possibilidades. Reverencio as possibilidades ou pelo menos as tentativas para enxergá-las e tateá-las, metamorfoseando.

Em meio a tudo isso... aguardam-me sandálias vermelhas, cuja exuberância está em calçá-las e principalmente em despi-las, atirando-as num impulso pelo salto... e à espreita aquele olhar com sorriso largo, capturado em minhas andanças.

Namastê!


3 comentários:

  1. Ohhhhhhhhh amada seja bem-vinda e bem-recebida com esse sorrisão que Deus lhe deu.
    Grande abraço

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  2. Eta!!! Bem-vinda de volta!!! Isso merece ser comemorado...
    Bjão

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  3. assim que der vamos dar uma fortalecida juntos com litros e litros de ceva. beijocas. falando sério agora... pode ser vinho se estiver frio

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