Pertubação e diversão...por mais que pareça árido ou corrosivo, não se engane, escrevemos por afeto e pelo afeto.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
De volta
Processo agudo. Processo crônico. Em se tratando de leucemia o adjetivo faz toda a diferença. Ao contrário do pânico inicial ante a inexorabilidade do desequilíbrio na produção sanguínea, finalmente percebo-me capaz de conviver com a síndrome que embarcou “em mim”. Esta, crônica, remete à medicação que remete à minha vida de volta – p a u s a... para meu mais profundo suspiro.
Não quero nem transitar pelo terreno do “e se não fosse”. Como dizem os médicos, trata-se de uma leucemia branda. Esta é a referência agora. Namastê!
Por isso o encerramento deste ano ganha sabor especial. Estou de volta em mim. Bem-vinda, Sandra! Como você fez falta! É... é formidável estar de volta... e ressignificada... com litros e litros de sangue a menos e milhões de litros a mais de paixão. “Pois se eles querem meu sangue. Verão o meu sangue só no fim. E se eles querem meu corpo”... Ops! Nego-me a incluir o próximo verso.
Continuo colhendo verdes e azuis, olhando de frente para pessoas e caminhos, buscando-me e buscando a boniteza também trazida pelo
caos. O caos sempre me pareceu criador. Agora, mais ainda!
Do caos espreita-me o espaço de possibilidades. Reverencio as possibilidades ou pelo menos as tentativas para enxergá-las e tateá-las, metamorfoseando.
Em meio a tudo isso... aguardam-me sandálias vermelhas, cuja exuberância está em calçá-las e principalmente em despi-las, atirando-as num impulso pelo salto... e à espreita aquele olhar com sorriso largo, capturado em minhas andanças.
Namastê!