Em movimentos sinuosos, como quem nada quer, o quadrúpede... falo de gatos, não dos batizados bípedes que normalmente atormentam mais do que os bichanos, inclusive escassos em alguns ecossistemas. Mas esta... é uma outra história.
Deixemos gatos - bípedes - para outra hora e voltemos ao protagonista desta narrativa. Bem, ronronando como quem nada quer, aproxima-se certeiro, maroto... o gato. Apesar do meu afeto pelos animais, não sou daquelas que se derretem ao simples contato, estabeleço algum limite territorial... Mas este gato manhoso, sinuoso, soube achegar-se... De mansinho olho no olho deslizando refestelou-se ao encostar em mim... acariciando-se mesmo que eu não movesse um músculo sequer.
Neste flash cheguei a rever meus conceitos e em função da experiência que me atravessava, entrei em sintonia com o felino e minha emoção clicou a cena que ora me habita.
Em meio a troca de afetos, senti-me especial, fora escolhida. Nesta sintonia em que não se sabe quem é bicho e quem é gente... o chamamento:
- Shanti!!!!! Não baba no tapete da Sandra!
É... Shanti (e poderia ter outro nome o gato da Morada do Yoga?) soltou alguns pelos, pode ter babado alguns mililitros... Mas quanto afeto me proporcionou!
Naquele dia o yoga me pareceu ainda mais especial... A PAZ (shanti) materializou-se mesmo antes da aula.
Namastê!!!!
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